Como os blogposts devem ser

 Uma máquina de escrever antiga escrevendo a frase "to blog... or not to blog".

É fácil compreender que os blogposts têm muito potencial para atrair tráfego orgânico. Mas como eu disse na home do site, “nem todo conteúdo é rei. Alguns são tipo o Scar”.

Isso quer dizer que, apesar de também ser um conteúdo, o artigo de blog precisa ter outras características que o tornem rei. O trabalho errado na hora da escrita não traz o resultado esperado e, não dificilmente, pode até prejudicar toda a estratégia.

Então, escrevi este artigo para que você saiba, antes de contratar a produção de artigos, como eles devem ser. Existe uma estruturação, conceitos e boas práticas que estão acima de vontades aleatórias e ignorantes de gestores de conteúdo.

Para que servem os blogposts

Mesa de escritório onde pode se ver um teclado e um monitor da Dell ao fundo.

Blogposts servem para informar, ou, melhor dizendo, valorizar sua marca na mente da persona através da entrega de informação útil.

Não que seja proibido criar um blog pessoal, mas estamos falando do uso dessa ferramenta em estratégias de marketing de conteúdo. Então não é certo pensar nos blogposts como responsáveis por outro efeito a não ser este, de informar.

Portanto, para montar um planejamento de conteúdo, faça um levantamento das palavras-chaves mais usadas por seus clientes e descubra como publicar artigos de blog que atendam a essa demanda. E só. A venda é outro processo.

Como usar blogposts para divulgar um produto ou serviço?

Você tem 90% da extensão de um artigo para educar uma persona sobre o problema dela; e apenas 10% para recomendar o seu produto. Além disso, esses 10% precisam ficar por último — isto é, no fechamento do artigo.

Por que não falar sobre o produto no início? Primeiramente, porque nem tudo é um canal de vendas. Depois, qual o sentido de atrair visitantes que estão com uma dúvida e, ao invés de respondê-la, fazer uma propaganda? Dependendo do estágio do funil onde este leitor está, sua oferta sequer fará sentido.

Encare isso como uma excelente oportunidade: você tem 90% de “espaço” para mostrar sua expertise e como sua marca está inserida no contexto. Então, fale sobre todos os assuntos diretamente relacionados à palavra-chave de modo que o leitor perceba seu domínio sobre a área.

Após acabar com as dúvidas pertinentes sobre o tema, vêm aqueles 10%. O artigo deve finalizar com uma chamada para ação (CTA), ou seja, convidando o leitor a fazer algo. Este algo é, justamente, comprar o seu produto, marcar uma consultoria, baixar um relatório, etc.

Portanto, antes de vender, mostre valor seguindo a estrutura correta de artigos para blog.

Como deve ser a estrutura de um blogpost

4 pecinhas quadradas, mas que lembram peças de dominó. Elas têm letras gravadas que, juntas, formam a palavra "blog".

Todo artigo que faz parte de uma estratégia tem uma meta. Para atingi-la, é necessário que o leitor evolua ao final da leitura, isto é, que ele chegue à página com uma dúvida ou curiosidade e saia mais preparado ou propenso a fazer uma compra.

Primeiramente, então, ele precisa chegar, de fato. Para isso, seu artigo precisa estar bem classificado nos motores de busca, o que nos leva ao primeiro ponto da estruturação de um blogpost: o SEO.

SEO para blogposts

Referente ao ranqueamento de um artigo para uma palavra-chave, ele deve ter as seguintes características:

     Palavra-chave inédita no domínio;

     Palavra-chave no título e no primeiro parágrafo;

     Palavra-chave no início do Título SEO (Meta Title);

     Meta Description clara e com a palavra-chave;

     Densidade da palavra-chave entre 0,5% e 3%.

Importante salientar que os buscadores também consideram variações e sinônimos das palavras-chave. Portanto, se você quiser ranquear um artigo para “cachorro”, o Google vai contabilizar “cão”, “cães” e “cachorros”, por exemplo.

Dessa forma, o artigo não precisa estar recheado exatamente da mesma palavra, o que contribui para a legibilidade.

Legibilidade para blogposts

A escrita de artigos de blog deve seguir as considerações abaixo para proporcionar boa legibilidade:

     Média de 25 palavras por frase;

     Média de 50 palavras por parágrafo;

     Média de 200 palavras por item/subtítulo;

Isso deve guiar a estruturação porque, diferentemente da experiência de ler um livro ou uma reportagem em jornais e revistas, artigos de blog devem ser fluidos. O leitor quer chegar à página, ler o que precisa, e sair — diferentemente de quando dispõe de 30 minutos ou até mesmo uma hora do dia para ler um livro.

E como medir todos esses parâmetros? Quero dizer… imagine que você optou por contratar um redator freelancer. Ao receber o artigo, como conferir se ele está de acordo com o que falei acima?

A forma mais acessível é utilizar o Yoast, um plugin para WordPress que faz a análise de SEO e de legibilidade do texto contido no editor do CMS. Veja neste artigo como acompanhar os indicadores de legibilidade e SEO nele.

Links

Todo artigo tem que ter links? Recomenda-se que sim. Eles servem para aprofundar a compreensão do leitor, então coloque-os pensando, primeiramente, na experiência do usuário.

Além disso, os robôs do Google conferem todos os links presentes na página. Se um deles levar o usuário para um site não seguro, com certeza o conteúdo sofrerá uma punição na classificação.

Em contrapartida, se a página linkada for íntegra e tiver boa autoridade perante o Google, é algo positivo para o ranqueamento, pois os algoritmos do buscador entendem que o conteúdo da página é bem embasado.

Como escolher entre links internos ou externos nos blogposts?

Não existe regra para isso. Quer dizer, é a sua estratégia de marketing que vai definir.

“O que acontece é: a linkagem, quando é interna, é muito útil no artigo para ajudar o Google a encontrar novos artigos e transferir um pouco da relevância”, diz Júlia Neves, head de SEO na Oitchau. “E a linkagem externa, quando é para sites relevantes, mostra que você está dando fontes confiáveis”, completa.

Eu já escrevi para clientes que só permitiam links internos. Desde o antigo blog da WGunnar (que se tornou este aqui) eu gosto de utilizar a estratégia de Pillar Pages e páginas satélites — onde a linkagem interna rola solta, mas também coloco links externos.

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