O que considerar sobre Legibilidade e SEO no Yoast para blogposts

Falou em marketing de conteúdo, falou dos artigos de blog. São fundamentais para passar informação relevante ao público-alvo e, portanto, precisam ser de boa qualidade. Por isso, os redatores consideram o Yoast para blogposts bem estruturados e cativantes.

O fato do plugin ser baseado na língua inglesa é um problema, pois suas sugestões para artigos lusófonos seguem a mesma estrutura. Tente cantar uma música em inglês traduzindo-a literalmente para ver como vai ficar ruim.

Porém, não significa que a ferramenta é descartável. Basta considerá-la um excelente parâmetro, nada além disso. Foi assim que eu a adotei quando comecei a WGunnar este ano, limitando sua influência sobre nossos artigos para que a experiência dos redatores seja o fator principal.

Você verá a seguir até que ponto o Yoast deve ser seguido em um artigo, não de acordo com o que eu penso, mas com a experiência de vários redatores profissionais — que é o que sua empresa procura, no final das contas.

Sobre a Legibilidade do Yoast para blogposts

A legibilidade do Yoast considera vários fatores. Entre eles estão o uso da voz passiva, a distribuição dos subtítulos, o tamanho dos parágrafos, as frases consecutivas e o tamanho das frases. São bem fundamentados e funcionam bem, o que significa aquele que mostrar sinal laranja ou vermelho, merece sua atenção.

Mas os dois principais são as palavras de transição e a pontuação de facilidade de leitura de Flesch. Vejamo-las.

Facilidade de leitura Flesch

Criada pelo escritor Rudolf Flesch, a facilidade de leitura Flesch é um teste de legibilidade que atribui uma nota para o quão fácil um texto é de ser compreendido. Considera dois fatores:

●     A quantidade média de palavras por frase;

●     O número médio de sílabas por palavra.

A tabela do teste mostra que um texto de fácil compreensão tem pontuação entre 70 e 80 e que alunos do ensino médio podem lê-lo tranquilamente. Semelhantemente, a pontuação entre 10 e 30 representa um texto extremamente difícil, a nível de graduação universitária.

(A revista Harvard Law Review, por exemplo, normalmente tem no máximo 30 de pontuação ao todo, enquanto a Time fica na casa dos 50. The Cat Sat on the Mat, livro infantil de Fiona Manlove, alcançou 116. Ou seja, é preciso considerar onde o artigo será publicado e quem vai ler.)

O problema é que a leitura Flesch e sua pontuação foram estabelecidas de acordo com a língua inglesa. Isso é mais um ponto contra a utilização do Yoast para blogposts em português.

Particularmente, gosto de mirar nos 40 — quando não o atinjo, releio e confio na minha percepção profissional e humana se devo alterar alguma coisa. Felizmente, a legibilidade não influencia no SEO.

Palavras de transição

A recomendação do Yoast para blogposts é que eles tenham acima de 30% de palavras de transição. São palavras como “inclusive”, “então”, “portanto”, “sendo assim”, “por exemplo” e várias outras que interligam uma frase a outra. Veja:

            “Ele estava com pressa, então aceitou a carona”.

Se você ler essa frase sem a palavra “então”, vai perceber que o sentido permanece inalterado, mas que a leitura não será tão fluida. Imagine, então, um texto com poucas delas?

Por outro lado, o excesso causa o mesmo efeito, e é nisso que o Yoast peca. Ele não reconhece todas as palavras de transição da língua portuguesa — detectando  “mas”, mas não “porém”, por exemplo. Isso faz com que o redator precise colocar essas palavras em outros pontos do texto para o plugin dar o sinal verde.

É por isso que a percepção do redator é mais importante. Eu estou considerando a viabilidade de, aqui na WGunnar, substituir o critério das palavras de transição pelo que chamo de “termos de transição”.

Dessa forma, além das palavras “normais” de transição, a revisão consideraria blocos maiores, como “se fizer isso” e “como eu havia dito”. Só usaríamos a seção de SEO do Yoast.

Sobre o SEO do Yoast para blogposts

O Yoast faz um excelente trabalho na análise de SEO. O problema é que você precisa da versão premium para ter um diagnóstico real.

Se você escrever sobre SEO, por exemplo, e distribuir variações da palavra-chave pelo texto (como “Search Engine Optimization” e “Otimização para Mecanismos de Busca”) o Yoast não vai considerar esses sinônimos e nem palavras-chave secundárias.

A boa notícia é que a análise dos principais fatores de SEO para artigos de blog está na versão gratuita. São elas:

●     Palavra-chave na introdução: ela deve estar no primeiro parágrafo;

●     Densidade da palavra-chave: o Yoast mostrará um sinal verde caso ela seja suficiente, que gira em torno de 0,5 e 3% da quantidade total de palavras;

●     Palavra-chave no meta-title: quanto mais à esquerda a palavra-chave estiver no meta-title, melhor. Então se ela não for a primeira, esse critério do Yoast ficará vermelho. É um exagero, pois isso acontece só de colocar um artigo (definido ou indefinido), mas ajuda o redator a não esquecer deste fator;

●     Meta Description: o Yoast dá sinal verde para a meta descrição quando ela atinge um tamanho interessante e quando contém a palavra-chave;

●     Subtítulos H2 e H3: também deve haver uma distribuição coerente e não invasiva da palavra-chave nos subtítulos.

●     Links na palavra-chave principal do texto: quando o redator colocar um link exatamente na palavra-chave, o Yoast mostrará um aviso. Faz sentido, afinal, se o objetivo é ranquear para aquela keyword, por que inserir um link nela?

Como usar o Yoast para blogposts corretamente?

Ao analisar um texto que você encomendou com um redator freelancer, tenha em mente que a pontuação do Yoast não é um atestado de qualidade. Como foi dito, a revista HLW tem facilidade de leitura abaixo de 30 frequentemente.

Defina um número como o seu sweet spot. Por aqui, este número é 40, mas já entregamos artigos abaixo disso. Essa maleabilidade da sua parte precisa existir, porque é assim que os melhores redatores trabalham.

Observação não tão relevante: este artigo tem pontuação de 57.3.